CENTRO DE REPRODUÇÃO EQUINA JACOB

Jacob,J.C.F.; Cunha, R.Z.; Santos, M.C.A.; Fonseca, F.C.V.; Sá, M.A.F.; Dutra,G.; Guerson.Y.B.;Jesus,V.L.T.

1Departamento de Reprodução e Avaliação Animal, Instituto de Zootecnica, UFRRJ, Seropédica, RJ, Brasil.

 

A finalidade de induzir a ovulação está diretamente relacionada ao melhor aproveitamento das biotécnicas como; inseminação artificial, transferência de embriões e aspiração folicular para transferência de oócito que requerem precisão do momento mais próximo da ovulação. Além disso, a indução da ovulação pode ser benéfica em éguas que são inseminadas com sêmen congelado ou resfriado, além de possibilitar a sincronização da ovulação entre doadoras e receptoras de embrião (McCUE, 2003). Considerando a ampla utilização de hormônios em programas de reprodução equina e a escassez de informações sobre sua eficácia nas taxas de ovulação, o presente estudo teve por finalidade apresentar uma abordagem aplicada sobre a eficiência de dois indutores da ovulação, o Histerelin e a Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG). O Histerelin é um análogo do GnRH, e estudos sugeriram que ambas as doses (0,5 mg e 1 mg) de bioliberação do Histerelin resultou na ovulação em mais de 95% das éguas tratadas que apresentavam edema uterino e folículo pré ovulatório, (LINDHOLM, 2011). O hCG é produzido pelos citotrofoblastos da vesícula coriônica da placenta humana e aparece na urina poucas semanas após a concepção (McDONALD, 1988). Em recente estudo, Jacob et al 2011, demonstraram que a utilização de 1000UI de hCG por 4 ciclos consecutivos, foi eficiente em promover a ovulação de éguas em até 48 horas. Durante a estação de monta de 2015/2016, um total de 85 ciclos de 43 éguas mantidas a pasto na região de Seropédica – RJ, foram examinadas por palpação retal e ultrassonografia em dias alternados até que o maior folículo atingisse diâmetro ≥ a 30 mm quando passaram a ser examinadas diariamente. Quando os folículos das éguas atingiram diâmetro ≥ 35 mm e edema uterino (escore ≥3) a ovulação foi induzida de acordo com o grupo: GI (n= 30) administração intramuscular de 250 µg/ml de Histerelin; GII (n=55) administração endovenosa de 1000 UI de hCG. A ovulação foi confirmada por exame ultrassonográfico e todas as éguas ovularam, sendo o percentual de ovulações com 24 hs, 48 hs, 72 hs e ≥ 72 hs o seguinte: 30% (9/30); 46,6% (14/30); 6,7% (2/30); 16,7% (5/30) para GI e 12,7% (7/55); 30,9% (17/55); 32,7% (18/55); 23,7% (13/55) para GII respectivamente. Não houve diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos. Porém, a porcentagem de éguas ovuladas em 48 horas, foi significativamente maior para o GI 76,6% (23/30) do que para GII 43,6% (24/55) (P<0,005). Quando comparado as primeiras 72 horas, não houve diferença significativa (P>0,05) GI 83,3% (25/30) e GII 76,3% (42/55) das ovulações, assim como para as que ovularam com mais de 72horas. Podemos concluir que o Histerelin foi mais eficiente do que o hCG em antecipar a ovulação nas primeiras 48 horas. Porém após as primeiras 48 horas não houve diferença no tempo de ovulação entre as drogas utilizadas.

 

Agradecimentos: FAPERJ, Botupharma.

Palavras-chave: Éguas, Ovulação, Histerelin, Gonadotrofina Coriônica Humana.

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